Risco de hepatotoxicidade grave associada ao uso de Nimesulida
- Carlos luiz de Almeida Junior; Dr. Luiz Henrique
- 3 de out. de 2019
- 2 min de leitura

O site Red CILAC publicou artigo alertando para o alto risco de toxicidade hepática associado ao uso de Nimesulida, medicamento que foi retirado do mercado em países como espanha e França, e em países como Estados unido, Reino unido e Austrália nunca foram aprovados pela preocupação com a segurança dos usuários.
As drogas antiinflamatórias não esteróides são indicadas no tratamento de condições inflamatórias pela inibição da cicloxigenase (COX) a principal enzima envolvida na biossíntese da prostaglandina, prostaciclina e tromboxanas através do ácido aracdônico.
A isoenzima COX mais importante é a COX1 que tem função nos tecidos saudáveis, onde a produção de prostaglandinas auxiliam a citoproteção gástrica, homeostasia renal e agregação plaquetária. porém os antiinflamatórios de 1° geração como AAS, Dipirona, paracetamol e Cetorolaco causam efeitos adversos graves como ulcera gastrica, insuficiência renal e hemarragias
A segunda isoforma, COX 2, é responsável pela síntese dos mediadores da prostaglandina (dor, febre e inflamação),no local de dano celular, ou seja é expressada apenas no tecido inflamado.
A descoberta desta segunda isoforma desencadeou a busca por um outro antiinflamatório que não cause problemas gastrintestinais. Dessa forma surgiram os antiinflamatórios não esteróides seletivos inibidores da COX 2, deixando a COX1 atuar normalmente protegendo a mucosa gástrica.
quanto aos efeitos colaterais não se pode afirmar que são totalmente seguros, já que o uso crônico destes fármacos apresentaram problemas cardíacos e ulcerações cutâneas, sendo retirados do mercado, como o Vioxx (Rofecoxib) e Bextra (Parecoxib)
A nimesulida é um fármaco pertencente à classe dos AINES e é comumente empregada no controle da inflamação aguda e crônica em processos inflamatórios articulares e da cavidade oral, entre outros, podendo causar vários efeitos adversos entre eles a toxicidade para as células hepáticas.
Os AINEs devem ser suspensos nas seguintes situações: aumento das aminotransferases maior que três vezes o valor de normalidade, queda sérica da albumina (sugestivo de defeito de síntese induzido pela droga) ou se o tempo de protrombina estiver prolongado.
A lesão hepática da nimesulida é produzida por um mecanismo idiossincrático metabólico, independente da dose gerenciado e dependente de paciente .As vias metabólicas do fármaco permitem a formação de metabólitos causando hepatotoxicidade (4-hidroxi-nimesulida) que se acumulam. É possível também a conversão de antígenos hepáticos em neoantígenos que causariam uma reação imunoalérgica por mecanismo imunológico,
Pacientes com Artrire Reumatóide quando comparados com pacientes com OA, ambos em uso de AINEs, têm um risco dez vezes maior de injúria hepática aguda
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