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Transmissão do SARS-CoV-2

  • María de la Asunción Romo Romo
  • 6 de ago. de 2020
  • 3 min de leitura

As evidencias atuais sugerem que o SARS-CoV-2 causa a COVID-19 e é disseminado predominantemente de pessoa a pessoa.

Para elaborar medidas efetivas de prevenção e controle bem como romper as cadeias de transmissão é necessário entender como, quando e em que tipo de ambientes o SARS-CoV-2 se dissemina.


Modos de transmissão


Os principais modos de transmissão do SARS-CoV-2 são: transmissão por contato, gotículas, aerossóis, fômites, fecal-oral, pelo sangue, de mãe para filho e de animal para humanos.


Transmissão por contato e gotículas


A transmissão do SARS-CoV-2 pode ser através de secreções infectadas como saliva e secreções respiratórias ou de gotículas respiratórias, que são expelidas quando uma pessoa infectada tosse, espirra, fala ou canta. As gotículas respiratórias que incluem o vírus podem atingir a boca, nariz ou olhos de uma pessoa suscetível, podendo resultar em infecção. A transmissão por contato indireto envolvendo o contato de um hospedeiro suscetível, com um objeto ou superfície contaminada (transmissão por fômites), também é possível (vide abaixo).


Transmissão por aerossóis


A transmissão por aerossóis pode ocorrer durante procedimentos médicos que geram aerossóis, que é definida como disseminação de um agente infeccioso causada pela dispersão de gotículas (aerossóis) que contenham o agente infeccioso quando suspensos no ar por longas distâncias e tempos.


Transmissão por fômites


A transmissão por fômites ocorre quando as secreções respiratórias ou gotículas expelidas por indivíduos infetados contaminam superfícies e objetos, e as pessoas tocam as ditas superfícies e, em seguida, tocam a boca, nariz ou olhos.


Outros modos de transmissão


O RNA do SARS-CoV-2 também foi detectado em outras amostras biológicas, incluindo urina e fezes de alguns pacientes. Até o presente momento, contudo, não há relatos publicados de transmissão do SARS-CoV-2 por fezes ou urina.

Alguns estudos relataram a detecção de RNA do SARS-CoV-2 no plasma ou soro, e o vírus pode se replicar em células sanguíneas. No entanto, o papel da transmissão pelo sangue continua incerto; e títulos virais baixos no plasma e no soro sugerem que o risco de transmissão por essa via pode ser baixo.


Quando as pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2 infectam outras pessoas?


Resumidamente, as evidências sugerem que o RNA do SARS-CoV-2 pode ser detectado em pessoas um a três dias antes do início dos sintomas, sendo que as cargas virais mais altas, medidas pelo RT-PCR, são observadas em torno do dia do início dos sintomas, seguido por uma queda gradual com o tempo.


  • Pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2 com sintomas podem infectar outras pessoas principalmente através de gotículas e contato próximo.

  • As pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2 sem sintomas também podem infectar outras pessoas.


Para prevenir a transmissão, a OMS recomenda um conjunto abrangente de medidas que incluem:


  • Identificar os casos suspeitos o mais rápido possível, testar e isolar todos os casos (pessoas infectadas) em locais apropriados.

  • Identificar e colocar em quarentena todos os contatos próximos de pessoas infectadas e testar os que desenvolverem sintomas para que possam ser isolados se estiverem infectados e precisarem de tratamento.

  • Usar máscaras de tecido em situações específicas, por exemplo, em locais públicos onde há transmissão comunitária e onde outras medidas de prevenção, como o distanciamento físico, não são possíveis.

  • Uso das precauções para contato e gotículas pelos profissionais da saúde que cuidam de pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-19, e uso de precauções para aerossol quando procedimentos que geram aerossóis forem realizados.

  • Uso contínuo de máscara cirúrgica pelos profissionais de saúde e cuidadores que trabalham em todas as áreas clínicas, em todas as atividades de rotina e durante todo o turno.

  • Praticar continuamente a higienização frequente das mãos, o distanciamento físico, quando possível, e a etiqueta respiratória; evitar locais com aglomeração de pessoas, locais onde haja contato próximo bem como espaços confinados ou fechados e mal ventilados; usar máscaras de tecido quando estiver em espaços fechados e com superlotação para proteger os outros; e garantir uma boa ventilação do ambiente em todos os locais fechados, incluindo limpeza e desinfecção adequada do ambiente.


A OMS monitora cuidadosamente as evidências que surgem sobre esse tema fundamental e atualizará este resumo científico à medida que mais informações se tornarem disponíveis.


Segue o link com a informação da OPAS e da OMS, do resumo cientifico. O documento é uma atualização de outro, publicado em 29 de março de 2020, intitulado “Modes of transmission of virus causing COVID-19: implications for infection prevention and control (IPC) precaution recommendations”.


Segue aqui para acesso ao artigo


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